quarta-feira, 25 de março de 2009
Lhasa
The Living Road
Tôt ou Tard, 2003
Lhasa de Sela nasceu em Big Indian, uma pequena localidade nas Montanhas Catskill, no estado de Nova Iorque e tem sangue mexicano. Os pais sempre ouviram muita música, desde clássicos americanos e mexicanos até música árabe, cigana e japonesa, o que explica as múltiplas influências que se ouvem nos seus discos. Lhasa canta, pelo menos desde os 13 anos, mas foi em Montréal no Canadá, que a sua carreira musical verdadeiramente começou, ao lado do guitarrista (e cineasta Yves Desrosiers). Da colaboração entre ambos nasceu La Llorona, um belíssimo primeiro álbum editado em 1997 e que conheceu, nalguns meios, um êxito retumbante. Algum tempo depois, Lhasa veio para a Europa, onde reencontrou as suas três irmãs em Bourgogne, «performers» num circo. Juntas, criaram um espectáculo, que estreou no Verão de 1999 e que está, pelo menos em parte, na raiz de The Living Road, o seu segundo disco, parcialmente composto no Sul de França e que rompe um silêncio discográfico de cinco anos. O álbum mistura folk mexicano, canções francesas e baladas hispânicas e é cantado em francês, inglês e castelhano. Por vezes ela canta também em português e árabe, porque a sua música não conhece fronteiras e procura unir diversas tradições populares com experiências mais contemporâneas e experimentais. As letras falam-nos de personagens reais, mas também de sonhos, devaneios e utopias. Ouvi-las é ouvir o que há de mais profundo em nós.