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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Bako Dagnon


Titati
Syllart, 2008

Decididamente, o Mali não cessará nunca de nos surpreender. Originária de uma pequena aldeia no sudoeste daquele país, Bako Dagnon descende de uma longa linhagem de "griots" (trovadores cuja origem remonta ao séc. XIII). A dama é um poço sem fundo de conhecimentos e talentos e o próprio Ali Farka Touré costumava visitá-la para esclarecer dúvidas e trocar histórias. Entre 1974 e 1984, Bako Dagnon fez parte de uma orquestra estatal e, ao longo duma carreira com quase 40 anos, já tinha publicado cinco cassetes em seu nome, mas permanecia um segredo bem escondido. Destinado a lançá-la internacionalmente, Titati, o seu primeiro CD, foi gravado no melhor estúdio de Bamako e produzido por François Bréant (que também assina os arranjos). As canções, entoadas em estilo declamatório, por uma voz ampla, expressiva, louvam com muita elegância os trovadores de outros tempos, evocam a condição feminina, a glória de um descendente do profeta, a epopeia de um célebre caçador e, sobretudo, o amor. Cantos mágicos, contos passados e presentes, que não acabam nem quando o disco chega ao fim, pois ficamos habitados por eles.