terça-feira, 8 de março de 2011

Natacha Atlas


Mounqaliba
Harmonia Mundi, 2010

Nascida em Bruxelas, filha de uma inglesa (convertida ao islamismo) e de um egípcio (nascido em Jerusalém), Natacha Atlas é, há já vários, uma das grandes divas da «world music». Sendo há muito seu fã, só agora tive ocasião de ouvir o disco que lançou o ano passado.
Gravado em Londres com a colaboração de um número generoso de músicos árabes e ocidentais, com destaque para o violinista Samy Bishai e a pianista Zoe Rhaman, Mounqaliba (que quer dizer qualquer coisa como «estar do avesso, ou de pernas para o ar»), é um álbum ambicioso, mas infelizmente desigual. Há temas que adoro, ao lado de outros que, francamente, não estão à altura. Entre as canções cuja audição recomendo estão duas «covers»: «Riverman», de Nick Drake e «La nuit est sur la ville», de Françoise Hardy, ambos deliciosamente jazzy. Mas as composições mais conseguidas, aos meus ouvidos, são mais classizantes e orientalizadas. Refiro-me, nomeadamente a «Makaan» e «Taalet», que quase me fazem levitar.