quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Devendra Banhart
What Will We Be
Warner, 2009
Sobre o novo disco de Devendra Banhardt, a Time Out alfacinha afirma: «Devendra Banhart é um músico relativamente prolixo. De dois em dois anos deita cá para fora um disco e nunca lhe falta publicidade. O que não é de espantar, pois este homem soube construir para si, pelo menos desde 2004, uma “aura” especial. E a música? Ora é aí que a coisa se torna menos interessante. Depois de Rejoicing the Hands (2004) nunca mais foi a mesma. Resvalou para um tradicionalismo sem músculo e por lá tem ficado».
A Inrockuptibles tem uma opinião diferente: «Entouré d'amis, de planches de surf et de skate-boards, Devendra Banhart participe au réchauffement mondial des sens sur un album classique mais réjouissant». E conclui: «… lumineux et groovy, ce What Will We Be nous donne très envie de l’inviter au prochain apéro».
Por mim, tenho que o confessar : até há pouco tempo, embirrava um pouco com o sujeito. Não sei se por causa do seu ar de Jesus Cristo hippie, se devido ao facto de toda a gente o considerar uma espécie de guru da nova folk (alguns chama-lhe «freak folk»). Embora deteste toda a espécie de gurus, tenho gostado de quase todos os discos de Devendra Banhart e, devo dizê-lo sem mais demoras, ouvi este último com um sorriso nos lábios, do princípio ao fim, pois o disco é encantador e despretencioso, duas qualidades que cada vez aprecio mais.