quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Coldplay



X&Y
Capitol, 2005

«Queriam ser a maior banda do mundo. Agora são». Foi, em resumo, o que escreveu a revista britânica «Q» sobre X&Y, o muito aguardado sucessor de A Rush of Blood to the Head, publicado três anos antes. As outras publicações especializadas - e o resto dos «media» por arrasto - alinharam mais ou menos por este diapasão. A verdade é que não há aqui nada de substancialmente novo em relação aos álbuns anteriores dos Coldplay, mas X&Y é, sem dúvida, um grande disco. Os quatro londrinos estavam no auge da sua forma e isso transparece duma ponta à outra do CD. A voz de Chris Martin está soberba de fragilidade controlada, os uníssonos de guitarras foram «burilados» à exaustão e os cachos de sintetizadores (e coros) dão um tom quase «épico» a estas melodias «catchy», algumas das quais se transformarão inevitavelmente em toques para telemóveis. A produção (que levou um ano e meio) é tão notável que apetece escrever: melhor é difícil. A única crítica verdadeiramente imbatível - até face aos resultados das vendas (150 mil exemplares vendidos no Reino Unido no primeiro dia de vendas!) - é a de que a música dos Coldplay é «comercial». Se isso é pecado, atirem-lhes vocês as pedras!