
Takes
Discograph, 2007
O seu primeiro álbum, The Chase foi publicado em 2005 pela Blue Note e teve algum impacto, sobretudo em França, ou mais exactamente em Paris, onde esta bela californiana vive há já alguns anos. Foi, de resto, na cidade-luz que Brisa Roché foi descoberta pela editora nova-iorquina, cantando standards em bares de Saint-Germain. Takes, o segundo disco, gravado já para outra etiqueta, é menos jazzy e mais neo-hippie. Não será tão excepcional como quer fazer crer alguma imprensa gaulesa (em alguns casos o seu chauvinismo estende-se até aos que lá escolhem viver), embora Takes seja, sem dúvida, uma cativante e quase psicadélica colecção de melancólicas incursões folk-rock-lo-fi num imaginário marcado pelos anos 60 e 70. Imagine-se a música de uns Velvet Underground e de uns The Mamas & the Papas (para só dar dois exemplos) revista à luz das influências oníricas de gente como Devendra Banhart, CocoRosie e companhia. No mesmo género preferimos no entanto Constance Verluca que tem praticamente a mesma idade e bebe das mesmas fontes, mas é francesa de gema.