terça-feira, 10 de março de 2009

Diana Krall



The Look of Love
Verve, 2001

The look of love? Grande título. Grande capa. Mais «glamour», mais «sexy», é impossível. Diana Krall sabe que o seu visual é grande parte do seu sucesso; não obstante, a rapariga tem carradas de talento. O timbre da sua voz é super-agradável, e para mais a senhora Costello toca piano como um anjo. Como se isso não bastasse, é também excelente compositora. Tem tudo do seu lado, portanto, e todos caímos sob o seu charme. Ray Brown, o lendário gigante do contrabaixo, ficou pelo beicinho, logo no princípio da carreira dela, e ajudou-a, e muito, a tornar-se conhecida nos meios do jazz. Logo a seguir foi o grande pianista e cantor Jimmy Rowles a apadrinhá-la, quando ela ainda precisava disso. Mas foi sobretudo Clint Eastwood, o duro, o «cowboy» que adora jazz, quem a lançou internacionalmente, assumindo-se publicamente como seu fã e incluindo-a nas suas bandas sonoras. «Last, but not least», entre os seus fãs (e protectores) conta-se também Tommy LiPuma, conhecido produtor de jazz. Foi ele, aliás, quem se encarregou da produção deste The Look of Love, o sexto álbum da carreira da bela Diana, concebido ao milímetro para se tornar num «best-seller» planetário, capaz de ultrapassar em vendas When I Look in Your Eyes, editado em 1999 com belíssimos arranjos de Johnny Mandel, que vendeu mais de um milhão de exemplares no mundo inteiro. Aqui os arranjos são do lendário Claus Ogerman, que trabalhou com Frank Sinatra e Tom Jobim e em verdade vos digo, este é, se não o melhor, um dos melhores álbuns que a bela canadiana gravou na vida.