quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Françoise Hardy



Tant de Belles Choses
EMI, 2004

Quatro anos depois de Clair Obscur, Françoise Hardy regressou aos discos com a ajuda do filho Thomas, num álbum que contou com as participações de Benjamin Biolay e Perry Blake, entre outros. O título, Tant de Belles Choses, fica-lhe a matar. De resto, para alguns de nós, um novo opus de «Madame Dutronc» será sempre um acontecimento importante, independentemente do seu valor musical. Porque, entre tantas coisas bonitas que existem no mundo, a sua voz é seguramente uma das mais doces. Dito isto, já não há objectividade possível, nem credibilidade que resista, por isso mais vale acrescentar que são discos destes que ainda nos fazem acreditar no amor (por mais piroso que isto possa soar nos dias de hoje). Ouçam-na cantar «l'amour est plus fort que le chagrin, l'amour est plus fort que la mort» e desmintam se forem capazes. E daí... estas letras e esta voz não são para todos. Longe das multidões, Françoise Hardy deve permanecer um segredo na sombra. «Na sombra da lua», como ela diz numa das canções mais conseguidas deste álbum magnífico. Para bom entendedor...